A XP Investimentos começou a cobertura das ações da Automob (AMOB3) nesta quarta-feira, 1º de novembro, recomendando compra com um preço-alvo de R$ 17,10 por ação até o final de 2026. Este valor implica um potencial de valorização de 32%, considerando a cotação atual de R$ 12,98.
Em seu relatório, a corretora enfatiza que a Automob, controlada pela Simpar (SIMH3), se destaca como a maior rede de concessionárias do país, possuindo características que a colocam em uma posição vantajosa em um setor que passa por consolidação.
Além disso, o múltiplo de valor da firma sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EV/EBITDA) da Automob, avaliado em 4 vezes, é considerado atrativo, uma vez que inferior ao de concorrentes globais, que gira em torno de 10 vezes, e também ao registrado em transações recentes de fusões e aquisições no Brasil, que é de aproximadamente 4,5 vezes. Essa comparação sugere perspectivas de valorização, especialmente em um mercado altamente pulverizado.
Projeções Futuras
A Automob atualmente opera com 196 lojas em 12 estados e abrange 37 marcas, tanto de veículos leves quanto pesados. As projeções da XP indicam que a empresa deve se concentrar na execução de seu plano de longo prazo, que inclui:
- Aumentar a participação das vendas de seminovos em relação aos veículos novos;
- Elevar a rentabilidade por loja por meio de serviços agregados;
- Integrar totalmente os negócios adquiridos para maximizar a eficiência operacional;
- Reduzir estoques para fortalecer a estrutura de capital.
O relatório também analisa o panorama dos dois segmentos de atuação da Automob. No mercado de veículos leves, observa-se uma demanda crescente por seminovos, impulsionada por mudanças regulatórias e restrições de crédito que dificultam a compra de carros novos.
No segmento de veículos pesados, ressaltando que o Brasil possui a quarta maior frota de caminhões do mundo, responsável por cerca de 60% do transporte de carga, a necessidade de substituição de uma frota envelhecida tende a estimular o mercado.
Quanto às máquinas de linha amarela e verde, direcionadas à construção e ao agronegócio, a XP prevê uma continuidade nos investimentos, mesmo diante de desafios financeiros enfrentados por produtores rurais no curto prazo.