A ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, ainda não tomou uma decisão sobre os pedidos de habeas corpus apresentados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está detido na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Ao invés de decidir imediatamente, Cármen Lúcia decidiu convocar a defesa oficial de Bolsonaro para se manifestar sobre esses pedidos.
A ministra destacou, em pelo menos dois casos, que os solicitantes dos habeas corpus não fazem parte da defesa legal do ex-presidente. Isso levanta questões sobre a legitimidade desses pedidos, uma vez que apenas a defesa técnica escolhida por Bolsonaro tem o direito de representá-lo em questões jurídicas. Em seus despachos, Cármen Lúcia afirmou que a atuação da defesa legal deve ser preservada de ações que possam prejudicar sua estratégia no processo judicial.
Na última terça-feira, dia 25, a ministra determinou que os advogados de Bolsonaro apresentassem uma resposta em até 24 horas, esclarecendo se houve autorização por parte do ex-presidente para que os habeas corpus fossem protocolados.
Nas semanas recentes, o STF já negou uma série de habeas corpus solicitados em favor de Jair Bolsonaro, demonstrando uma tendência da corte em lidar com esses pedidos de maneira cautelosa e rigorosa.



