Um fã cego de música contou sua experiência frustrante ao tentar comprar ingressos para um show de Paul McCartney no Santa Barbara Bowl. Para ele, os concertos representam uma forma de entretenimento acessível, pois a energia e o som de um show ao vivo não dependem da visão. Contudo, ao acessar o site de vendas de ingressos AXS, ele se deparou com dificuldades.
Ele entrou na fila virtual, como todos os outros fãs. No entanto, quando chegou sua vez, o software leitor de tela que costuma usar para navegar pela internet não conseguiu ler a página de seleção de ingressos. O fã tentou utilizar dois tipos populares de leitores de tela, Jaws e NVDA, mas nenhum deles funcionou. Sem conseguir selecionar um lugar sozinho, ele pediu ajuda a um amigo. Infelizmente, quando o amigo acessou o site, os ingressos já estavam esgotados.
A insatisfação aumentou quando ele viu uma mensagem no site da AXS dizendo “Garantindo uma Experiência Justa para o Fã”. Para ele, essa mensagem contradiz a sua experiência, já que um site inacessível não parece justo e exclui, efetivamente, clientes com deficiência visual.
A situação não melhorou depois que ele tentou resolver o problema. Ele recebeu uma ligação de um agente da AXS, mas a chamada foi encerrada abruptamente quando o fã pediu permissão para gravá-la. Para ele, que estava tentando gastar 600 dólares em um ingresso, essa experiência foi desanimadora.
O caso destaca um problema importante: a internet deve ser acessível a todos. Essa situação mostra como as barreiras digitais ainda podem impedir que pessoas com deficiência participem plenamente de atividades. As empresas que oferecem serviços públicos, como os vendedores de ingressos, têm a responsabilidade de tornar seus sites acessíveis. Isso é fundamental para garantir igualdade de acesso e inclusão.
Embora ele tenha perdido a oportunidade de assistir ao show, espera que ao compartilhar sua história, mais empresas priorizem a acessibilidade digital, para que todos possam ter as mesmas chances de aproveitar eventos ao vivo.