O Banco Central do Brasil, por meio de seu diretor de Regulação, Gilneu Vivan, está reavaliando o capital mínimo exigido para o funcionamento de instituições financeiras. Em declaração feita nesta quinta-feira, Vivan destacou a necessidade de verificar se a atual exigência é adequada para a instalação de novas instituições financeiras, confirmando que esse tema é um dos projetos em análise pela autarquia. Ele enfatizou a complexidade do assunto, que ainda está em fase de estudo.
Vivan não especificou se a revisão resultará em um aumento ou diminuição da exigência de capital, mas afirmou que as novas normas se aplicarão a novos entrantes no mercado. Já as instituições já estabelecidas terão um período de adaptação para se adequar às novas exigências.
Além disso, o diretor mencionou outras prioridades do Banco Central, que incluem o desenvolvimento do sistema de portabilidade de crédito entre instituições financeiras e melhorias nas portabilidades de salários e investimentos. Outra medida em consideração é a revisão dos critérios para a abertura e movimentação de contas bancárias, com o objetivo de aumentar a prevenção contra fraudes.
Em relação ao crédito imobiliário, Vivan reiterou comentários do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, sobre os desafios enfrentados pela caderneta de poupança, que vem apresentando saques líquidos sucessivos. O Banco Central está em busca de alternativas para assegurar fontes de financiamento habitacional no Brasil. Contudo, Vivan reconheceu que ainda não há uma solução concreta em vista e que um dos pontos em discussão é o impacto da volatilidade de funding sobre os contratos de financiamento. Ele comentou: “Neste momento, não temos nenhuma solução que consideremos viável para implementar, mas o debate continua aberto”.