Na última sexta-feira, 19 de janeiro, o Banco do Japão (BOJ) elevou as taxas de juros para 0,75%, marcando um aumento inédito em três décadas. Esta decisão histórica sinaliza a intenção do banco central de encerrar seu prolongado período de suporte monetário e taxas de juros próximas de zero.
Além disso, o BOJ revogou a afirmação de que o crescimento econômico e a inflação enfrentariam estagnação devido aos aumentos das tarifas nos Estados Unidos. O banco central expressou confiança em que o Japão está a caminho de cumprir sua meta de inflação de 2%, sustentada por aumentos salariais, e se prepara para uma normalização contínua de sua política monetária.
“Os dados e pesquisas recentes indicam uma alta probabilidade de que a dinâmica entre salários e inflação continue a se desenvolver moderadamente”, destacou o BOJ em comunicado oficial.
O aumento das taxas de juros de curto prazo é o primeiro desde janeiro e ocorreu por meio de uma votação unânime entre os membros do BOJ. Esta medida leva as taxas a níveis que não eram alcançados desde 1995, quando o país buscava se recuperar de uma grave crise econômica pós-bolha de ativos.
O banco central apresentou um panorama econômico mais otimista em relação à sua última reunião, realizada em outubro, afirmando que a economia deve crescer em um ritmo moderado. Na ocasião anterior, a previsão era de que o crescimento enfrentasse estagnação devido às tarifas dos EUA.
Além disso, o BOJ atualizou sua avaliação sobre a inflação, afirmando que as taxas devem continuar a aumentar gradualmente, em contraste com a expectativa de estagnação previamente anunciada.



