A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que, como membro do Conselho Monetário Nacional (CMN), não há planos para alterar a meta de inflação. Em entrevista ao podcast Warren Política, divulgada nesta sexta-feira, 31, Tebet defendeu a manutenção da rigorosa meta fiscal como prioridade: “Temos que ser duros na meta de inflação para mirar nela a todo custo”, declarou.
Na avaliação da ministra, a meta está “bem posicionada”. Ela destacou a necessidade de ajustes fiscais e um maior rigor nos gastos, além da importância de colaborações com o Congresso Nacional. Segundo Tebet, a revisão das despesas não é uma tarefa exclusiva do Executivo, sendo essencial o apoio do Legislativo nesse processo.
Tebet também mencionou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca cumprir as promessas feitas durante a campanha de 2022. Ela justificou a necessidade de atender compromissos eleitorais, citando especificamente a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR).
A ministra rejeitou a possibilidade de reajustes no Bolsa Família e na implementação da tarifa zero para o transporte coletivo até 2026, afirmando que tais medidas não são viáveis no atual cenário. “Não estão na mesa”, enfatizou, observando que o próprio Congresso provavelmente não aceitaria aumentar receitas em um ano eleitoral.
Sobre o novo arcabouço fiscal, Tebet reiterou que a regra é “exequível, sustentável e possível”, embora não resolva completamente a questão da dívida pública. Ela afirmou que essa nova abordagem ajudará a garantir a estabilidade da dívida a partir de 2029.
Reformas Estruturais
A ministra salientou que o País passou por reformas significativas nos últimos oito anos, que incluem iniciativas dos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL). Entre as principais reformas estão a reforma trabalhista, a reforma da Previdência, o novo marco do saneamento básico, a reforma tributária e a autonomia do Banco Central.



