Daniele Lomba, gerente geral de Licenciamento Ambiental e Meio Ambiente da Petrobras (PETR3;PETR4), destacou, durante uma palestra na Fundação Getulio Vargas (FGV), o significativo potencial das bacias da Margem Equatorial. Segundo ela, essa área abrange dimensões superiores às das bacias do Sudeste, que têm sustentado a produção da estatal desde sua fundação na década de 1950.
“A região que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá é maior do que as bacias do Sudeste, Campos, Santos e Espírito Santo. É fundamental que reconheçamos esse potencial para assegurarmos nossa autossuficiência energética”, afirmou Lomba.
Em sintonia com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, a gerente defendeu que a indústria deve focar na adição energética em vez de apenas na transição, argumentando que o petróleo se mostra essencial para a segurança energética global. Ela enfatizou que nenhum grande produtor dessa commodity diminuiu sua produção devido a questões ambientais.
“Explorar novas fronteiras é crucial para garantir a segurança energética e combater a pobreza energética”, declarou Lomba, referindo-se especificamente à Margem Equatorial. Ela expressou otimismo de que a exploração dessa nova fronteira resultará em um aumento significativo na produção de petróleo e no desenvolvimento econômico do Brasil.
Em um estudo que analisou o impacto potencial da exploração na Margem Equatorial, Lomba projetou cenários semelhantes aos da Guiana, que possui uma produção de 700 mil barris diários. O levantamento indicou resultados impressionantes para os estados circunvizinhos, estimando a criação de 2,1 milhões de empregos diretos, uma contribuição de R$ 419 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) nacional – o PIB do Amapá, por exemplo, é atualmente de R$ 23 bilhões. Além disso, seriam arrecadados aproximadamente R$ 25 bilhões em tributos e mais R$ 20 bilhões em royalties e participações especiais.



