A TIM está com planos de adquirir empresas de tecnologia para expandir sua presença no mercado corporativo (B2B), que se tornou uma prioridade estratégica nos próximos anos. Além disso, a empresa estuda a possibilidade de comprar contratos da Oi Soluções, embora essa operação seja vista como “desafiadora”.
Esses pontos foram discutidos pela liderança da TIM em uma coletiva de imprensa e uma conferência com analistas, realizadas após a divulgação dos resultados financeiros da empresa no terceiro trimestre.
A CFO da TIM, Andrea Viegas, mencionou que a companhia está analisando a Oi Soluções depois de ser convidada a fazer uma proposta, mas com cautela. Ela observou que outras empresas também estão interessadas na compra, que deve envolver apenas contratos B2B e serviços prestados a governos, sem incluir a infraestrutura da Oi.
O CEO da TIM, Alberto Griselli, destacou que a avaliação rápida de ativos se torna um grande desafio para empresas que operam com altos padrões de governança, como é o caso da TIM. Ele também reforçou que o cronograma de liquidação da Oi pela Justiça não necessariamente coincide com as negociações relacionadas à Oi Soluções.
A TIM também está considerando a aquisição de empresas que possam complementar suas capacidades em áreas de negócios específicas, como sistemas de integração e soluções em nuvem e cibersegurança. Alberto Griselli enfatizou que o setor B2B é uma área de aposta da empresa, visto que o mercado demanda soluções tecnológicas para aprimorar a produtividade. Ele comentou que, como operadora, a TIM não possui um legado de grandes corporações, o que a leva a buscar desenvolvimentos tanto internos quanto por meio de aquisições.
Atualmente, a TIM já identificou algumas verticais prioritárias, incluindo agropecuária, mineração e serviços públicos. A empresa tem avançado neste último segmento, com destaque para a venda de 400 mil pontos de iluminação inteligente por meio de parcerias. O CEO também mencionou que a área de manufatura está sendo avaliada como uma oportunidade de crescimento.
Quanto ao setor de banda larga, a TIM continua analisando oportunidades de negócios, mas minimizou a possibilidade de entrar na disputa pela aquisição da Desktop, que é um alvo pretendido pela Claro. Alberto Griselli explicou que a estratégia da TIM é distinta e que, neste momento, a prioridade é melhorar a eficiência operacional da unidade de banda larga. Ele destacou que, nos últimos oito meses, a TIM Ultrafibra obteve resultados positivos, com um aumento nas adições líquidas de usuários.


