A crise na Ambipar (AMBP3) se agrava. De acordo com o jornal O Globo, a empresa de gestão ambiental deve protocolar, nesta segunda-feira (20), um pedido de recuperação judicial no Rio de Janeiro. A informação é do colunista Lauro Jardim. Em outubro, as ações da Ambipar sofreram uma desvalorização de **94%** na bolsa brasileira.
Apesar de tentativas de evitar a recuperação judicial, a companhia obteve apoio apenas de parte de seus credores, incluindo debenturistas brasileiros e investidores que possuem bonds no exterior. No entanto, a falta de acordo com alguns bancos locais, especialmente o Itaú (ITUB4), complicou a negociação.
Soluções para a Ambipar
A medida cautelar que atualmente protege a empresa de ações de cobrança expira no final da próxima semana, proporcionando um prazo até o dia **27 de outubro** para que a Ambipar formalize o pedido de recuperação judicial, conforme informações do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
A Ambipar buscava uma solução via recuperação extrajudicial, que requer a adesão de pelo menos um terço dos credores. No entanto, as negociações estagnaram devido a divergências sobre o local do processo. Os bancos credores desejavam transferir o caso para São Paulo, enquanto a companhia preferia mantê-lo no Rio de Janeiro. Um dos fatores que dificultou a obtenção do quórum necessário para um acordo extrajudicial foi a pulverização da dívida, que supera **US$ 1 bilhão** (ou mais de **R$ 5 bilhões**) entre investidores internacionais.
A Ambipar enfrenta uma série de desafios, desde a saída de seu diretor financeiro até eventos mais recentes, como a liminar contra credores e incertezas sobre sua situação financeira. A confiança na empresa foi ainda mais abalada por denúncias de supostas irregularidades em um FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios), que, segundo a Ambipar, abriga a maior parte de seu patrimônio.