Os índices futuros nos Estados Unidos apresentam queda nesta terça-feira, 30 de outubro, em meio à iminente possibilidade de paralisação do governo, que pode se concretizar a partir de amanhã, 1º de novembro. Na segunda-feira, o presidente Joe Biden se reuniu com líderes do Partido Democrata, mas as negociações não avançaram, levando a ambas as partes a concluir que um acordo para evitar o “shutdown” está distante. O vice-presidente, JD Vance, expressou sua preocupação de que a paralisação do governo é quase certa.
Embora esse tipo de evento historicamente tenha um impacto limitado nos mercados, analistas alertam que a situação atual pode ser diferente. A desaceleração do mercado de trabalho, o risco de estagflação e as altas avaliações das ações podem influenciar os investidores.
Além disso, Biden anunciou a implementação de tarifas de 10% sobre madeira bruta e serrada, e 25% sobre armários de cozinha, gabinetes de banheiro e móveis estofados. Atualmente, os índices de ações dos EUA permanecem próximos de suas máximas históricas, com o S&P 500 registrando um avanço de mais de 3% em setembro, seguido por 1,7% do Dow Jones e 5,3% do Nasdaq. No trimestre, os ganhos foram de 7,4%, quase 11% e 1,7%, respectivamente.
Os mercados futuros mostram os seguintes resultados:
- Dow Jones Futuro: -0,22%
- S&P 500 Futuro: -0,19%
- Nasdaq Futuro: -0,21%
Situação na Ásia-Pacífico
Os mercados da Ásia-Pacífico encerraram o dia de maneira mista. A atividade industrial na China continua a apresentar sinais de desaceleração, caindo por seis meses consecutivos, o que representa a maior redução desde 2019. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) do setor industrial ficou em 49,8, superando as expectativas de 49,6, conforme dados do Departamento Nacional de Estatísticas.
Em contraste, o PMI da RatingDog, uma empresa privada, atingiu 51,2 em setembro, superando as previsões de 50,2 e alcançando o nível mais alto desde maio. No mesmo dia, o banco central da Austrália decidiu manter a taxa básica de juros em 3,6%, devido à inflação que permanece em alta.
Desempenhos dos índices na Ásia incluíram:
- Shanghai SE (China): +0,52%
- Nikkei (Japão): -0,25%
- Hang Seng Index (Hong Kong): +0,87%
- Nifty 50 (Índia): +0,03%
- ASX 200 (Austrália): -0,16%
Cenário Europeu
Os mercados europeus apresentam resultados negativos, influenciados pela incerteza referente às tarifas comerciais anunciadas por Biden e pela impasse político nos Estados Unidos:
- STOXX 600: -0,28%
- DAX (Alemanha): -0,19%
- FTSE 100 (Reino Unido): -0,28%
- CAC 40 (França): -0,52%
- FTSE MIB (Itália): -0,40%
Commodities
Os preços do petróleo enfrentam novas quedas, intensificando as perdas da véspera, em decorrência da expectativa de aumento na produção pela OPEP+ e a retomada das exportações do Curdistão. As cotações do minério de ferro na China também fecharam em queda, pressionadas pelos dados industriais fracos, apesar de registrarem ganhos trimestrais.
Atualmente, as cotações são as seguintes:
- Petróleo WTI: -1,15%, a **US$ 62,72** o barril
- Petróleo Brent: -1,16%, a **US$ 67,18** o barril
- Minério de ferro na bolsa de Dalian: -0,64%, a **780,50 iuanes** (cerca de **US$ 109,63**)
Bitcoin
O valor do Bitcoin segue em baixa, com uma queda de 0,59%, cotado a US$ 113.516,00.
(Com Reuters e Bloomberg)