Stephen King criou um vasto multiverso habitado por uma variedade de criaturas sobrenaturais. Embora muitas pessoas associem imediatamente seu nome a Pennywise, o icônico palhaço do livro “It: A Coisa”, sua obra vai muito além dessa figura. King explora entidades cósmicas que representam conceitos como caos, criação e destino, seres que têm o poder de moldar a realidade com um mero pensamento.
Um dos exemplos mais intrigantes deste universo é Blaine, o Mono. Ele é uma locomotiva senciente que aparece na série “A Torre Negra”. Blaine foi projetado durante a era dos Grandes Antigos e possui uma inteligência artificial avançada. Sua função era transportar passageiros entre as cidades de Lud e Topeka. No entanto, com o passar dos séculos e o colapso das civilizações, Blaine adquiriu uma personalidade sádica. Quando Roland Deschain e seu grupo entram no trem em “Terras Devastadas”, Blaine os desafia com um jogo de adivinhações, ameaçando se auto-destruir ao final da viagem, levando todos consigo. Essa interação simboliza a luta entre razão e loucura, bem como uma crítica sobre a tecnologia desprovida de empatia.
Outro ser poderoso é Maturin, uma tartaruga cósmica que representa a criação e a compaixão. Ele reside em um macroverso atemporal e, segundo a mitologia de King, teria acidentalmente criado o universo principal ao vomitar. Maturin aparece em “It: A Coisa” como um antagonista de Pennywise. Além de ser um guardião da Torre Negra, ele orienta Bill Denbrough em um ritual que o ajuda a enfrentar suas lutas, mostrando que a crença e a união são mais eficazes do que a força física.
Arthur Eld é outro personagem significativo, descrito como o mítico rei de “Todo-Mundo”. Ele apareceu após a queda dos Grandes Antigos, uma época em que a Torre Negra ainda estava estável. Eld fundou a ordem dos pistoleiros e tentou guiar seu povo em direção à civilização, proibindo práticas como sacrifícios humanos. Suas armas lendárias foram transformadas em pistolas utilizadas por Roland, o protagonista da série, e seu legado reverbera ao longo das histórias.
Em “Outsider”, encontramos El Cuco, uma entidade metamorfa que se alimenta do sofrimento humano. Ele tem a habilidade de assumir a forma de pessoas inocentes, causando terror e desconfiança. Embora sua presença seja discreta e sutil, sua capacidade de manipular emocionalmente os outros o torna uma das forças mais malignas nas histórias de King, posicionando-o como um predador que prospera nas sombras.
Tak é uma entidade maligna que aparece em “Desespero” e “Os Reguladores”. Ele é definido pela pura destruição e age por meio de instintos de raiva, possuindo indivíduos e afetando ambientes ao seu redor. Durante suas histórias, Tak é confrontado por personagens que, através de atos de coragem, conseguem mantê-lo sob controle, mas sua essência permanece, sugerindo que o mal pode ressurgir.
Outro antagonista importante é Mordred Deschain, filho de Roland. Dotado de poderes mutantes, ele alterna entre uma forma humana e a de uma aranha monstruosa. Seu objetivo é destruir a Torre Negra. Mordred simboliza a herança corrompida e os conflitos entre gerações.
Randall Flagg, conhecido como o Homem de Preto, é um vilão que aparece em várias histórias de King, representando o caos e a manipulação. Ele exerce controle sobre eventos em muitos mundos e sua natureza multiversal sugere que ele pode voltar, mesmo após a morte em “A Torre Negra”.
O Rei Rubro é descrito como a personificação do mal e um dos principais antagonistas da série “A Torre Negra”. Ele foi derrubado por Gan, o criador do multiverso, e procura destruir a criação para retornar ao vazio caótico que representa.
Finalmente, Gan é a entidade que deu origem a todo o multiverso de King. Ele é a força de criação e ordem, tendo estabelecido a Torre Negra como o eixo que sustenta todas as realidades. Gan influencia os eventos em seu universo para manter o equilíbrio contra forças destrutivas, mesmo que não intervenha diretamente.
Esses personagens mostram a complexidade do universo de Stephen King e ressaltam a luta eterna entre o bem e o mal, cada um com seus próprios objetivos, simbolismos e histórias entrelaçadas.



