Promotores federais e a defesa de Sean “Diddy” Combs se manifestaram durante a audiência de sentença do empresário da música, realizada em Manhattan. Na sessão, a promotoria argumentou que Combs deveria ser condenado a mais de dez anos de prisão, em razão de uma condenação por crimes relacionados à prostituição. Por outro lado, os advogados do rapper solicitaram uma pena consideravelmente menor, com a possibilidade de libertação ainda neste ano. Em momentos emocionantes, os filhos de Combs pediram ao juiz clemência para o pai.
Combs, de 55 anos, enfrentou duas acusações de transporte para prostituição, com pena máxima de dez anos para cada uma. A defesa sugeriu uma pena de apenas 14 meses, enquanto a acusação pleiteou uma sentença de mais de 11 anos. O juiz Arun Subramanian será responsável pela decisão final. A audiência segue após um longo julgamento de oito semanas, onde o júri apresentou um veredito dividido. Diddy foi absolvido das acusações mais graves, como tráfico sexual e conspiração para extorsão, que poderiam resultar em prisão perpétua.
A promotoria, que defende uma pena mais severa, enfatizou os impactos da violência de Combs sobre as vítimas, alegando que ele demonstrou falta de remorso pelos seus atos. Uma das promotoras, Christy Slavik, mencionou que o réu pareceu confiante em receber uma sentença branda, tendo até agendado palestras para a próxima semana em Miami. A defesa respondeu a estas acusações, descrevendo Combs como uma pessoa transformada.
Durante a audiência, os seis filhos adultos do rapper expressaram seu amor e apoio ao pai, pedindo misericórdia ao juiz. D’Lila Combs, uma das filhas, fez um apelo emocional: “Por favor, Meritíssimo, dê à nossa família a chance de se curar juntos.” Para reforçar a defesa, um vídeo de 11 minutos foi exibido, destacando Combs como um filantropo e líder comunitário.
O juiz Subramanian, ao iniciar a audiência, fez comentários desfavoráveis a Combs, ressaltando que as diretrizes federais sugerem penas de 70 a 87 meses. Ele também indicou que irá considerar comportamentos e provas do julgamento na determinação da sentença, incluindo elementos que a defesa contesta, que se referem a comportamentos pelos quais Combs foi inocentado.
As condenações estão relacionadas à violação da Lei Mann, que proíbe o transporte de pessoas entre estados para fins de prostituição. O caso envolve alegações de que Combs esteve envolvido com duas mulheres, uma delas a cantora Cassie Ventura, além de outros acompanhamentos. O julgamento está a cargo de Arun Subramanian, o primeiro juiz de origem sul-asiática no Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York.