O Google anunciou o lançamento do Gemini 3, seu modelo de inteligência artificial mais avançado até o momento, que já está sendo distribuído em todo o seu ecossistema. Junto com o Gemini 3, a empresa apresentou uma nova plataforma de programação chamada Antigravity, que traz inovações significativas para o desenvolvimento de software. Pela primeira vez, o Google integrou seu modelo Gemini diretamente à sua busca no mesmo dia do lançamento, mostrando um avanço considerável nas tecnologias de IA que as grandes empresas estão implementando.
Os usuários do aplicativo Gemini, que já conta com mais de 650 milhões de usuários mensais, já têm acesso imediato a essa nova versão. O Gemini 3 é disponibilizado também em plataformas para desenvolvedores, como o AI Studio e o Vertex AI, ampliando ainda mais seu alcance e utilidade.
Tulsee Doshi, chefe de produto do modelo Gemini no Google, destacou que o Gemini 3 representa um grande avanço nas capacidades de raciocínio da IA, permitindo respostas mais profundas e complexas. Os números confirmam esse progresso. O Gemini 3 Pro obteve resultados impressionantes em diversos benchmarks, superando a maioria dos modelos concorrentes, como Claude e ChatGPT, em vários testes de raciocínio.
Entre as suas conquistas, o Gemini 3 Pro alcançou 1501 pontos no ranking do LMArena, 91,9% no teste GPQA Diamond, que analisa raciocínio científico, e 37,5% no Humanity’s Last Exam, onde se destacou em relação ao desempenho do GPT-5 Pro. Em matemática, o modelo também se destacou com uma pontuação de 23,4% no MathArena Apex.
Um dos principais focos do lançamento é a capacidade “agêntica”, que se refere à habilidade da IA de planejar e executar tarefas complexas com menor necessidade de intervenção humana. Demis Hassabis, CEO do Google DeepMind, explicou que essa evolução permite que o modelo não apenas leia textos e imagens, mas também compreenda o contexto das informações.
Outro destaque do Gemini 3 é sua capacidade multimodal, que permite processar texto, imagens, vídeos, áudios e códigos ao mesmo tempo. Essas habilidades foram testadas com sucesso em benchmarks como o MMMU-Pro e o Video-MMMU, onde o modelo também superou concorrentes.
O Antigravity, nova plataforma de desenvolvimento, busca transformar a forma como os desenvolvedores interagem com a IA. Em vez de um chatbot convencional, o Antigravity oferece um espaço de trabalho dedicado, permitindo que a IA compreenda o que está sendo construído, escreva códigos, realize testes e identifique erros com mínima intervenção humana. Assim, a IA se torna uma parceira ativa no processo de desenvolvimento, com acesso direto a diversas ferramentas.
O Antigravity ainda está em fase de teste público e oferece uso gratuito, porém os usuários enfrentam limites de utilização que se renovam a cada cinco horas. A plataforma oferece acesso ao Gemini 3 Pro, ao Claude Sonnet 4.5 e ao GPT-OSS.
Outra inovação importante é a integração do Gemini 3 na busca do Google. Assinantes pagos dos planos Google AI Pro e Ultra podem utilizar o modelo em um modo que aproveita suas capacidades de raciocínio para gerar respostas mais interativas e dinâmicas.
Adicionalmente, o Google está lançando o modo Deep Think do Gemini 3, que melhora ainda mais a eficiência em tarefas complexas. Essa nova função demonstrou resultados exemplares em seus testes e estará disponível para assinantes do Google IA Ultra após a realização de mais testes de segurança.
Várias plataformas de desenvolvimento estão começando a integrar o Gemini 3, com relatos de melhorias significativas na precisão de resolução de desafios de engenharia de software. A JetBrains, por exemplo, observou um aumento superior a 50% na eficiência de resolução de tarefas.
Esse avanço no Gemini 3 pode ajudar o Google a recuperar uma posição competitiva perdida desde o lançamento do ChatGPT em 2022. Após enfrentar críticas e desafios iniciais, a empresa conseguiu corrigir seu rumo e atualmente suas respostas de IA são utilizadas por 2 bilhões de usuários mensais, com mais de 70% dos clientes do Google Cloud adotando suas soluções de inteligência artificial.


