O número de demissões de servidores federais dos Estados Unidos devido à paralisação do governo foi revisado em baixa, segundo informações divulgadas nesta terça-feira, 14 de outubro. A atualização apresentada pelo Departamento de Justiça dos EUA revela que 4.108 funcionários foram afastados desde o início da paralisação, em 1º de outubro. Esta nova contagem contrasta com a estimativa anterior, que indicava 4.278 demissões.
Os cortes representam uma pequena parte da força de trabalho federal, que contava com aproximadamente 2 milhões de civis no início do governo do ex-presidente Donald Trump. A paralisação ocorreu em meio a impasses nas negociações sobre um plano de gastos entre Trump e os parlamentares.
Trump atribuiu os cortes ao impasse nas negociações orçamentárias, buscando pressionar os democratas a aceitarem suas propostas de financiamento. Desde 1981, os Estados Unidos enfrentaram 15 paralisações do governo, mas nunca um presidente havia usado essa ferramenta como justificativa para demissões em larga escala.
Espera-se que essa situação impacte significativamente as operações federais, incluindo investigações de surtos de doenças. Em resposta, sindicatos de servidores federais acionaram a Justiça para contestar as demissões, alegando que a lei proíbe a execução de funções sem o financiamento do Congresso, exceto em casos de segurança nacional e serviços essenciais.
Os sindicatos sustentam que as demissões não se qualificam como serviços essenciais que poderiam ser realizados durante a paralisação, dado que a maioria dos servidores afetados permanece sem remuneração. Um juiz federal deve decidir sobre o caso em 15 de outubro.