O programa “The Real Housewives of Salt Lake City” estreou em 2020 na Bravo, surpreendendo muitos espectadores que se perguntavam como Salt Lake City, uma cidade conhecida principalmente por sua cultura mórmon, poderia rivalizar com as localidades glamourosas de outras franquias da série, como Beverly Hills e Miami. No entanto, a combinação de drama, religião e até mesmo questões legais acabou tornando a série única e envolvente. Uma frase marcante de Mary Cosby, que disse que Jen Shah cheirava “como hospital”, deixou claro desde o primeiro episódio que esta edição teria um tom diferente.
Os episódios mostram não apenas a tensão e os conflitos típicos de um reality show, mas também momentos emocionais profundos que tocam temas universais, como perda e amizade. Andy Cohen, uma figura conhecida na produção do programa, descreveu uma cena da quarta temporada como uma das melhores da história do canal.
Para a edição especial “Realidade dos Famosos do Ano”, todos os sete membros atuais do elenco foram convidados a fazer uma paródia da famosa capa da revista “Vanity Fair” de 2005, uma homenagem às “Desperate Housewives”. Durante a sessão de fotos, Mary optou por não usar um vestido ousado, destacando que tem um “compasso moral” e quer ser um exemplo para as jovens da sua igreja.
As participantes, incluindo Mary Cosby, Lisa Barlow, Heather Gay, Meredith Marks, Whitney Rose, Angie Katsanevas e Bronwyn Newport, falam sobre como cada uma contribui para a dinâmica do grupo, enfatizando que, apesar das brigas, elas se apoiam mutuamente. Heather Gay ressaltou a importância do humor e da resiliência, afirmando que o grupo possui uma conexão especial, mesmo em meio a desentendimentos.
Outra questão interessante é o segredo por trás da estabilidade do elenco. Meredith Marks acredita que a chave está na autenticidade de cada uma. Para manter-se relevante e na série por várias temporadas, é preciso ser verdadeiro consigo mesmo e estar disposto a se abrir para o público, o que, segundo as participantes, cria um vínculo forte entre elas. Mary acrescenta que mostrar vulnerabilidades e desafios pessoais aumenta a empatia dos espectadores.
Os laços entre essa turma também são fortalecidos por experiências desafiadoras que viveram juntas, como o episódio em que foram cercadas por um esquadrão em uma situação tensa. Heather lembrou que esses momentos difíceis ajudam a unir as mulheres, tornando-as ainda mais fortes.
As discussões sobre as suas histórias de vida, incluindo a relação com o mormonismo, são recorrentes. Algumas participantes são ex-mórmons, enquanto outras ainda seguem a religião, o que adiciona camadas de complexidade às interações entre elas. Essa diversidade de experiências religiosas proporciona um olhar mais profundo sobre temas como fé e a busca por identidade.
Apesar das rivalidades e momentos de tensão, as participantes reconhecem a importância de desempenhar diversos papéis de antagonistas. Elas entendem que, para criar uma boa narrativa, essas funções de vilãs são necessárias e podem mudar conforme a dinâmica do grupo.
Além disso, as participações familiares têm um grande impacto na narrativa da série. Algumas esposas relatam como seus maridos e filhos lidam com a exposição na TV, ressaltando o equilíbrio entre a vida pessoal e a pública. Bronwyn Newport fala sobre as dificuldades de sua família em aceitar sua participação na série, enquanto Heather menciona como suas filhas se divertem com a fama sem se sentirem pressionadas.
Por fim, todas as participantes concordam que o programa trouxe mudanças positivas em suas vidas. Elas compartilham como a experiência as ajudou a crescer, enfrentar desafios e se conectar com seus seguidores, que frequentemente se identificam com suas histórias pessoais. A série se tornou não apenas uma plataforma de entretenimento, mas também um espaço de reflexão sobre temas profundos que ressoam com os espectadores.