O Banco Mundial projeta que a economia brasileira deve crescer 2,4% em 2023, superando a média de crescimento da América Latina e Caribe, que é de 2,3%. Essa estimativa foi divulgada na última terça-feira (7) na mais recente edição do relatório econômico da instituição.
Os economistas da entidade também apresentaram projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para os próximos anos:
Ano | Projeção de crescimento do PIB |
2025 | 2,4% |
2026 | 2,2% |
2027 | 2,3% |
Essas projeções permanecem inalteradas desde o relatório de junho e estão aquém das previsões mais otimistas do Banco Central do Brasil (BC), que espera um crescimento de 2% em 2025 e 1,5% em 2024. Por outro lado, o Boletim Focus, uma pesquisa do BC com instituições financeiras, sugere um aumento do PIB de 2,16% em 2025 e 1,8% em 2026. Em 2022, a economia brasileira registrou um crescimento de 3,4%.
Em contraste, o Ministério da Fazenda apresenta uma expectativa mais otimista, prevendo um crescimento de 2,3% em 2025 e 2,4% em 2026, conforme o Boletim MacroFiscal de setembro. O relatório do Banco Mundial não aborda as justificativas para cada país, mas analisa a situação da América Latina e Caribe como um todo.
Na região, o Banco Mundial estima um crescimento de 2,3% em 2025 e 2,5% em 2026. A previsão para 2025 é a mesma do relatório anterior, enquanto a de 2026 apresenta um aumento de 0,1 ponto percentual. Em 2024, essa região cresceu 2,2%, conforme os dados.
A Guiana se destaca com uma previsão de crescimento impressionante de 11,8% em 2023, e projeções superiores a 20% nos anos seguintes: 22,4% em 2026 e 24% em 2027, impulsionada por seu robusto setor petrolífero. Recentemente, o país voltou sua atenção para a exploração de petróleo na Margem Equatorial.
A Argentina também apresenta previsões de crescimento, com 4,6% em 2025 e 4% em 2024, embora essas expectativas sejam inferiores às do relatório anterior, que indicava 5,5% em 2025. Economistas destacam que, apesar da recuperação econômica do país após dois anos de recessão, os desafios estruturais permanecem.
Por outro lado, a Bolívia enfrenta um cenário mais desafiador, prevendo três anos de queda no PIB: -0,5% em 2023, -1,1% em 2026 e -1,5% em 2027.
O Banco Mundial aponta que a América Latina e Caribe possuem o crescimento mais lento entre as regiões globais, devido a fatores tanto externos, como a desaceleração da economia global e a queda no preço de commodities, quanto internos, como a política monetária restritiva e a falta de investimento. A instituição enfatiza a necessidade urgente de reformas nas áreas de infraestrutura, educação e política fiscal para estimular um crescimento sustentável na região.