Os clubes Flamengo e Fluminense deram um passo importante para negociar os direitos de nome do Estádio do Maracanã. O Governo do Estado do Rio de Janeiro autorizou a Secretaria da Casa Civil a iniciar a análise técnica necessária para avançar com essa proposta.
Caso a negociação seja aprovada, a venda do nome do Maracanã pode se tornar a maior transação desse tipo na história do futebol brasileiro. A Secretaria da Casa Civil irá analisar questões legais relacionadas a licitações, o edital de concessão e o registro do estádio como patrimônio histórico, garantindo que o processo siga as normas estabelecidas.
As previsões de receita para essa operação são promissoras. Inicialmente, Flamengo e Fluminense esperavam arrecadar cerca de R$ 40 milhões por ano com a venda dos direitos de nome. No entanto, estimativas mais recentes apontam que esse valor pode chegar a R$ 70 milhões anuais, considerando a força da marca Maracanã e seu potencial comercial.
Internamente, o governo estadual apresenta opiniões divergentes sobre como proceder com a venda. Alguns membros sugerem que a mudança de nome seja restrita a setores específicos do estádio, enquanto outros, incluindo o governador Cláudio Castro, são contrários à alteração do nome principal. Apesar dessas discussões, há uma expectativa de que a autorização para avançar nas negociações seja dada nos próximos dias.
Em 2024, Flamengo e Fluminense assumiram a concessão do Maracanã por um período de 20 anos, com 65% do controle pertencente ao Flamengo e 35% ao Fluminense. O plano inicial não incluía a exploração do nome, mas, com o sucesso e a estabilidade administrativa do estádio, a ideia de negociar os direitos de nome ganhou força.
A colaboração entre os dois clubes começou em 2019 e, desde então, o Maracanã tem atraído um grande público, principalmente devido à forte torcida do Flamengo. O desempenho do clube em casa tem sido crucial para a sustentabilidade da concessão e para um marco significativo: mais de 15 milhões de torcedores já passaram pelas arquibancadas desde que começou a gestão conjunta entre Flamengo e Fluminense.