A Apple firmou um contrato de cinco anos para transmitir a Fórmula 1 nos Estados Unidos, o que representará uma estratégia importante para expandir seu serviço de streaming. O acordo ocorre em um momento em que o interesse pela F1 no país tem crescido, especialmente após o lançamento do filme “F1: The Movie”, estrelado por Brad Pitt.
Os detalhes financeiros do acordo não foram divulgados, mas informações sugerem que a Apple pagará cerca de 140 milhões de dólares por ano, um valor significativamente maior do que os 90 milhões que a ESPN, parte da Disney, investia anualmente desde 2018.
O contrato da Apple começará a valer em 2024 e os fãs poderão acompanhar as corridas pelo Apple TV, que já se destacou no mercado, conquistando 22 prêmios Emmy neste ano. Apesar dos prêmios, a plataforma ainda não alcançou o mesmo número de assinantes que líderes como Netflix e Disney+.
A aquisição dos direitos da F1 se junta a outras iniciativas esportivas da Apple, que já transmite a Major League Soccer e o “Friday Night Baseball”. A competição por direitos de transmissão de esportes ao vivo está se intensificando entre as plataformas de streaming, pois esse tipo de conteúdo atrai um público fiel, reduzindo a rotatividade de assinantes e aumentando a receita publicitária.
Eddy Cue, vice-presidente sênior de serviços da Apple, expressou entusiasmo pelo ampliar a parceria com a Fórmula 1, ressaltando a oportunidade de oferecer aos assinantes do Apple TV acesso a um dos esportes que mais cresce no mundo.
Dentro do contrato, a Apple terá o direito de transmitir todos os treinos, classificações, corridas Sprint e Grandes Prêmios. Além disso, algumas corridas e todos os treinos da temporada estarão disponíveis gratuitamente no aplicativo Apple TV.
Esse acordo vem na esteira do sucesso do longa-metragem sobre a F1, que arrecadou mais de 628 milhões de dólares globalmente. O filme estreará em streaming no Apple TV no dia 12 de dezembro.
Em um panorama mais amplo, a Fórmula 1 registrou um crescimento impressionante no número de fãs, com quase 90 milhões de novos seguidores no último ano, com destaque para a China, onde houve um aumento significativo após a reabertura do esporte em Xangai após a pandemia.