1. Defasagem na quantidade de psicólogos nas escolas
A recente inclusão de 368 psicólogos nas escolas estaduais de São Paulo, conforme anunciado pela Secretaria da Educação de SP (Seduc), parece ser um grande avanço.
No entanto, segundo especialistas, essa quantidade ainda é insuficiente. De acordo com Valéria Campinas Braunstein, conselheira do Conselho Regional de Psicologia de SP e doutora em educação, a rede necessitaria de pelo menos 1.100 psicólogos.
2. A realidade atual nas escolas de São Paulo
Neste momento, 368 psicólogos começaram a interagir com escolas estaduais. A ideia é que eles façam uma imersão no sistema escolar e posteriormente comecem a trabalhar diretamente com as comunidades escolares.
3. A perspectiva do governo
Conforme as diretrizes do governo, um psicólogo seria responsável por atender, em média, oito escolas. Contudo, Valéria argumenta que uma carga horária de 30 horas semanais é insuficiente para atender a demanda crescente.
4. O impacto direto nas escolas
Recentemente, a Escola Estadual Thomazia Montoro, que sofreu um ataque em março, não foi devidamente apresentada ao profissional de psicologia encaminhado para prestar assistência.
Além disso, o público dessas escolas, majoritariamente de classes mais vulneráveis, exige uma atenção ainda maior por parte dos profissionais de saúde mental.
5. A urgência de um atendimento contínuo
Valéria ressalta que o acompanhamento psicológico deve ser contínuo e adaptado à gravidade da situação.
Ela cita o caso da professora Rita de Cássia, vítima de um ataque, que tentou voltar ao trabalho mas enfrentou desafios significativos, evidenciando a necessidade de cuidados contínuos.
6. A legislação e a realidade
Apesar de existir uma legislação, especificamente a lei federal 13.935/2019, que defende a presença de serviços de psicologia e assistência social na rede pública, Ariel de Castro Alves, especialista em direitos da infância, destaca que essa norma ainda não é totalmente aplicada.
7. O feedback da comunidade escolar
Tanto professores quanto alunos relataram a falta de atendimento adequado e contínuo nas escolas, especialmente após situações traumáticas. Estes depoimentos ressaltam a necessidade de uma ação mais eficaz por parte do governo.
8. A promessa do governo
Enquanto a Secretaria da Educação reitera que psicólogos começaram a atuar, relatos da comunidade escolar indicam que o atendimento ainda não é efetivo.
Adicionalmente, medidas como a contratação de empresas de segurança privada foram mencionadas, mas a presença regular e efetiva de psicólogos ainda é uma demanda primordial.
Conclusão: O bem-estar mental é fundamental para uma aprendizagem saudável e eficaz.
O governo de São Paulo precisa reconhecer essa necessidade e investir mais intensamente na contratação e capacitação de profissionais da psicologia para atuar nas escolas estaduais, garantindo assim um ambiente mais seguro e propício para a educação.