O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou uma revisão em sua previsão de crescimento das economias emergentes para 2025, incluindo países como México e China. Em relatório divulgado nesta terça-feira, 22 de outubro, a instituição alertou que a combinação de condições de financiamento adversas e a falta de capital para investimentos pode representar um desafio significativo para os países em desenvolvimento.
O impacto das tarifas impostas pela administração do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a incerteza política são fatores que devem prejudicar a recuperação da economia global após choques severos, como a pandemia de Covid-19 e a invasão da Ucrânia pela Rússia.
No documento intitulado Perspectiva Econômica Global, o FMI revisou suas previsões de crescimento para as economias emergentes e em desenvolvimento, reduzindo-as para 3,7% em 2025 e 3,9% em 2026, uma queda de aproximadamente meio ponto percentual em relação às estimativas de janeiro. Para 2024, a previsão era de um crescimento de 4,3%.
“Embora a situação permaneça fluida, os riscos continuam firmemente inclinados para o lado negativo,” destacou o FMI.
Entre as revisões individuais, a previsão de crescimento do México foi reduzida em 1,7 ponto percentual, e agora espera-se uma contração de 0,3% em 2023, refletindo a forte interdependência econômica com os Estados Unidos. No caso da China, a projeção foi diminuída em 0,6 ponto percentual, também devido a tensões comerciais com a Casa Branca.
A Rússia viu sua previsão de crescimento para 2025 ser elevada em 0,1 ponto percentual, alcançando 1,5%, mas isso ainda representa uma desaceleração significativa em comparação aos 4,1% registrados no ano anterior.
Além disso, o FMI ressaltou que o espaço fiscal para muitas economias emergentes está agora mais restrito do que há uma década, com gastos com serviço da dívida em alta, o que pode comprometer a capacidade de investimento. O relatório conclui que, apesar da resiliência observada em grandes economias emergentes, a sustentabilidade dessa recuperação será desafiada diante do agravamento das condições financeiras globais.