O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) apresentou uma variação quase estável em novembro de 2023, contrariando previsões que apontavam para um leve aumento. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), a variação positiva foi de apenas 0,01%, após uma queda de 0,03% em outubro. A expectativa do mercado, conforme pesquisa da Reuters, era de um aumento de 0,18%. No acumulado de 12 meses, o índice apresenta uma redução de 0,44%.
Essa diminuição anual foi, em grande parte, influenciada pela retração nos preços das matérias-primas brutas representadas pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que compõe 60% do IGP-DI. No entanto, em novembro, essa retração foi limitada, principalmente em função do aumento dos preços ao consumidor. Os setores de Habitação, com destaque para aluguel residencial e tarifas de energia elétrica, e Recreação, impulsionado pela alta nas passagens aéreas, contribuíram para essa pressão inflacionária, conforme análise de Matheus Dias, economista do FGV IBRE.
No detalhe dos índices, o IPA-DI registrou uma queda de 0,11% em novembro, em comparação com a redução de 0,13% observada no mês anterior. Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que representa 30% do IGP-DI, acelerou sua alta, passando de 0,14% em outubro para 0,28% em novembro.
Os grupos de Educação, Leitura e Recreação passaram de uma queda de 0,43% em outubro para um aumento de 2,15% em novembro. Além disso, os custos de Habitação subiram de um recuo de 0,23% para um incremento de 0,30%.
O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) também apresentou desaceleração, registrando um aumento de 0,27% em novembro, em comparação a uma alta de 0,30% em outubro. O IGP-DI é um indicador que calcula os preços ao produtor, ao consumidor e na construção civil durante o mês de referência, abrangendo o período do primeiro ao último dia do mês.



