A ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), decidiu que os trabalhadores dos Correios devem manter 80% do efetivo em funcionamento durante a greve que começou na última terça-feira, dia 16. Esta medida foi tomada a pedido da empresa e afeta diretamente os sindicatos que representam os funcionários.
Se os sindicatos não cumprirem essa determinação, haverá uma multa diária de R$ 100 mil para cada um deles. Essa decisão é vista como uma tentativa de garantir que o serviço postal, considerado essencial, não sofra uma paralisação total, principalmente em um momento em que a categoria está em meio a um dissídio coletivo em andamento no TST.
A greve dos trabalhadores dos Correios está ocorrendo em nove estados: Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os funcionários estão exigindo a aprovação de um novo acordo coletivo de trabalho, além de um reajuste salarial. Eles também buscam soluções para a grave crise financeira enfrentada pela estatal, que está buscando um empréstimo de R$ 12 bilhões, garantidos pelo Tesouro, para cobrir prejuízos recentes.
Apesar da greve, os Correios informaram que todas as agências estão em funcionamento e que a empresa implementou medidas de contingência para minimizar os impactos no atendimento à população. A situação continua em monitoramento, com expectativa de que as partes possam encontrar um caminho para resolver as questões em disputa.



