As ações europeias apresentaram uma queda significativa nesta sexta-feira, alimentadas por sinais de estresse no crédito dos bancos regionais dos Estados Unidos, que levaram investidores a buscar ativos mais seguros. O índice continental STOXX 600 encerrou o dia com uma baixa de 0,91%, mas ainda conseguiu registrar um ganho semanal modesto de 0,4%.
No segmento bancário europeu, as ações desvalorizaram-se em 2,5%, com instituições como Deutsche Bank, Barclays, Unicredit e BNP Paribas enfrentando perdas entre 3,3% e 6,5%. A pressão nos mercados foi exacerbada por duas recentes fraudes em empréstimos em bancos dos EUA, levantando preocupações sobre a qualidade do crédito após as falências no setor automobilístico americano.
Apesar da tendência de baixa, as ações do setor de luxo conseguiram amortecer as perdas. A EssilorLuxottica, fabricante dos óculos Ray-Ban, viu suas ações aumentarem 13%, resultando em um incremento de quase US$ 20 bilhões em valor de mercado, impulsionado pelo interesse dos investidores em seus novos modelos de óculos equipados com tecnologia de inteligência artificial.
O bom desempenho do setor de luxo foi evidenciado pelo crescimento da LVMH, que superou as expectativas e anunciou seu primeiro aumento trimestral de vendas do ano.
As bolsas europeias apresentaram vendas em seus principais índices:
- Em Londres, o índice Financial Times recuou 0,86%, fechando a 9.354,57 pontos.
- Frankfurt viu o DAX cair 1,82%, para 23.830,99 pontos.
- Em Paris, o CAC-40 perdeu 0,18%, fechando a 8.174,20 pontos.
- O índice Ftse/Mib de Milão desvalorizou-se em 1,45%, alcançando 41.758,11 pontos.
- Em Madrid, o Ibex-35 registrou uma baixa de 0,29%, a 15.601,10 pontos.
- Por fim, em Lisboa, o PSI20 desvalorizou-se 0,90%, fechando a 8.266,08 pontos.
Essas movimentações refletem um clima de incerteza nos mercados, com investidores cautelosos diante de oscilações recentes no setor bancário e suas implicações na economia global.