As ações da Ambipar (AMBP3) sofreram uma queda acentuada de 24,24% nesta quinta-feira, 25 de setembro de 2024, após um dia anterior de fortes perdas. Esta é a segunda maior desvalorização diária da empresa desde sua abertura de capital, ficando atrás apenas da queda de 27,70% registrada em 13 de agosto de 2024.
De acordo com dados da consultoria Elos Ayta, essa reação negativa do mercado resultou na perda de R$ 4 bilhões em valor de mercado em apenas um dia, quantia equivalente ao valor total da Intelbras, que atualmente é avaliada em R$ 4,05 bilhões. Nos últimos dois dias, a Ambipar viu R$ 7,75 bilhões se evaporarem de sua capitalização, um montante similar ao da Unipar, que tem valor atual de R$ 7,8 bilhões.
A perda acumulada da Ambipar na semana chega a R$ 11,16 bilhões, valor próximo ao da Cyrela (CYRE3), que hoje vale R$ 11,13 bilhões.
Um fator importante que impactou as finanças da empresa foi uma medida cautelar que suspendeu a cobrança de vencimentos antecipados de dívida, em meio a uma disputa com o Deutsche Bank. Este banco passou a exigir garantias adicionais para os empréstimos acordados com a Ambipar.
Os gráficos relacionados ao valor de mercado da Ambipar refletem um longo processo de desvalorização desde o pico alcançado em 13 de dezembro de 2024, quando a empresa foi avaliada em R$ 44,85 bilhões. Desde então, a firma perdeu R$ 32,3 bilhões, um valor quase igual ao da Gerdau, que é avaliada em R$ 32,1 bilhões.
A consultoria Elos Ayta destaca que a curva de desvalorização, claramente visível nos gráficos, mostra a transição da Ambipar de um patamar superior a R$ 45 bilhões para próxima de R$ 12 bilhões em menos de um ano.