A Eletrobras (ELET3; ELET6) anunciou que seu Conselho de Administração aplicou uma advertência ao conselheiro Marcelo Gasparino da Silva. Esta é a terceira penalização em menos de um mês, resultado de “falta grave” e reincidência em condutas que transgridem a Lei das S.A. (Lei nº 6.404/76) e as normas internas da empresa.
A primeira advertência foi emitida em 28 de março, devido a publicações feitas por Gasparino no LinkedIn entre os dias 23 e 26 do mesmo mês. A Eletrobras destacou que tais postagens careciam de veracidade em relação aos fatos registrados em atas e que violavam o sistema de governança corporativa da companhia. As informações não apenas eram infundadas, mas também representavam um risco potencial à reputação da empresa.
No dia 16 de abril, Gasparino recebeu uma nova advertência por meio de publicações feitas entre 10 e 13 de abril. Nesta ocasião, a Eletrobras classificou a infração como média, considerando a reincidência e a divulgação de informações que eram confidenciais, o que foi visto como um agravante.
A advertência mais recente, divulgada no último sábado, 26 de abril, foi relacionada a uma publicação feita no dia 25 de abril. A infração foi considerada grave, levando em conta a reincidência e a divulgação de material confidencial a indivíduos externos à empresa. A situação envolveu uma troca de mensagens entre Gasparino e um repórter da Folha de S. Paulo, cujos conteúdos foram expostos na rede social. O conselheiro pediu que os leitores acessassem a íntegra da conversa para formarem suas próprias opiniões sobre o tema.
Prints publicados por Gasparino indicam que ele teria enviado documentos confidenciais ao repórter e, posteriormente, solicitado a inclusão de informações em uma nota relacionada ao assunto.
Um relatório anexo ao comunicado também aborda as repercussões na mídia e o impacto reputacional para a Eletrobras, além de mencionar uma nota de repúdio da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) pela exposição feita pelo conselheiro em relação ao jornalista.