Na última sessão de negociação, o dólar à vista registrou sua quinta queda consecutiva em relação ao real, encerrando o dia com um recuo de 0,43%, cotado a R$ 5,6933. Essa redução pode ser atribuída ao enfraquecimento global da moeda americana, impulsionado pela crescente expectativa de cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos. As incertezas em torno da política tarifária do governo Trump também contribuem para a volatilidade, especialmente após declarações contraditórias relacionadas a possíveis negociações com a China. Enquanto o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que a situação tarifária atual é “insustentável”, o Ministério do Comércio da China condicionou qualquer diálogo à suspensão integral das tarifas unilaterais impostas por Washington.
Para os traders que atuam com o minidólar, o cenário permanece delicado, sensível às declarações de autoridades tanto dos Estados Unidos quanto da China. As flutuações do dólar durante o dia sublinham a importância de acompanhar de perto os desenvolvimentos internacionais e as políticas monetárias globais. Portanto, hoje, operadores devem estar vigilantes a novos desdobramentos nas relações comerciais, ajustando suas estratégias em um ambiente dinâmico e propenso a… oportunidades rápidas.
Os contratos futuros de minidólar (WDOK25), com vencimento em maio, também apresentaram queda de 0,38% na última quinta-feira, fechando a 5.688,5 pontos.
Análise do gráfico de 15 minutos:
O minidólar manteve a tendência de baixa, completando cinco sessões consecutivas de perdas, o que indica uma diminuição da força compradora no curto prazo. No gráfico de 15 minutos, o ativo opera abaixo das médias de 9 e 21 períodos, evidenciando o viés negativo. O suporte em 5.686/5.670 pontos é crucial para uma possível desaceleração do movimento de queda. Caso essa faixa seja rompida com volume, o mercado pode buscar novas áreas de suporte em 5.654/5.641 e, em extensão, em 5.622/5.600 pontos.
Por outro lado, uma reversão para uma tendência de alta exigirá romper a resistência entre 5.689/5.700 pontos, o que só ocorrerá com a entrada de um fluxo comprador consistente. Se esse nível for ultrapassado, os próximos alvos passarão a ser as regiões de 5.709/5.728,5 e 5.741/5.753 pontos.
No gráfico diário, a análise técnica revela a formação de um novo candle negativo, mantendo o ativo afastado das médias e sugerindo continuidade na tendência de baixa. O Índice de Força Relativa (IFR), com valor de 40,01, permanece em zona neutra, sem indicar sobrecompra, mas com espaço para novas quedas. Caso a mínima da sessão anterior seja rompida, o ativo poderá intensificar sua descida em direção à região de 5.664 pontos, com um alvo mais próximo em 5.619,5 pontos. Para uma reversão mais sólida no gráfico diário, será necessário superar a região dos 5.711 pontos. Se isso ocorrer, o preço pode ser impulsionado até 5.785 pontos.
Dólar futuro (WDOK25): Gráfico de 60 minutos
No gráfico de 60 minutos, o minidólar também confirma a fraqueza ao permanecer abaixo das médias móveis de 9, 21 e 200 períodos, reforçando um viés vendedora. O ponto de suporte a ser monitorado está entre 5.664/5.641 pontos. Se essa faixa for rompida, a pressão de baixa pode se intensificar, direcionando o mercado para os níveis de 5.622/5.600 e, em um movimento mais amplo, 5.584/5.560 pontos.
Para uma recuperação significativa, o ativo deverá romper a resistência de 5.698/5.728,5 pontos. A superação dessa área pode abrir caminho para 5.753/5.787, e, caso o fluxo comprador ganhe força, os alvos mais extensos estarão em 5.810 e 5.818 pontos.


(Rodrigo Paz é analista técnico)
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