O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome anunciou que o pagamento do Bolsa Família em dezembro ocorrerá mais cedo, assegurando que as famílias beneficiárias recebam os valores antes do Natal. A partir de quarta-feira, 10 de dezembro, cerca de 18,7 milhões de famílias começarão a receber, com um valor médio de R$ 691,37 por casa. O governo irá investir mais de R$ 12,74 bilhões neste mês, atingindo 48,92 milhões de pessoas em todo o país.
Neste mês, o programa de transferência de renda também beneficiará novas 169,9 mil famílias que conseguiram aumentar sua renda e agora estão inclusas na chamada Regra de Proteção. Essa regra permite que as famílias que excedem o limite de R$ 218 de renda por pessoa continuem recebendo 50% do valor do benefício, desde que a renda não ultrapasse R$ 706 por pessoa. Assim, ao todo, são 2,33 milhões de famílias que melhoraram suas condições financeiras e continuam recebendo suporte.
Embora o pagamento tenha sido antecipado, as transferências seguirão um calendário específico, com datas baseadas no último dígito do Número de Identificação Social (NIS). Famílias que residem em áreas de emergência ou calamidade pública receberão o benefício no primeiro dia do calendário de pagamentos.
Grupos prioritários, que enfrentam situações de vulnerabilidade, têm preferência para o programa. Em dezembro, serão beneficiadas 243,43 mil famílias indígenas, 285,07 mil quilombolas, 390,79 mil que são catadores de materiais recicláveis, 247,66 mil pessoas que vivem em situação de rua e 647,70 mil famílias que estão em risco de insegurança alimentar, totalizando um conjunto de 1,82 milhão de famílias.
Além do Bolsa Família, existem outros benefícios direcionados a diferentes públicos. O Benefício Primeira Infância, que é de R$ 150, atenderá 8,4 milhões de crianças de até sete anos, representando um investimento de R$ 1,19 bilhão. O Benefício Variável Familiar Criança, que garante um adicional de R$ 50, beneficiará 11,3 milhões de crianças e adolescentes entre sete e 16 anos, totalizando R$ 524,03 milhões. Para adolescentes de 16 a 18 anos, o Benefício Variável Familiar Adolescente, também de R$ 50, alcançará 3,10 milhões de jovens, com um investimento de R$ 142,26 milhões. O Benefício Variável Gestante atenderá 627 mil gestantes, com repasse de R$ 29,27 milhões, e o Benefício Variável Nutriz destinará R$ 21,98 milhões a 460 mil famílias responsáveis por alimentar crianças de até seis meses.
Do total de pessoas beneficiadas, 28,72 milhões são mulheres, representando 58,71% do total. Além disso, 84,37% das famílias atendidas têm mulheres como responsáveis. A maior parte dos beneficiários, 73,29%, é composta por pessoas pretas ou pardas, totalizando mais de 35,85 milhões de indivíduos.
Em termos regionais, o Nordeste é a área com o maior número de beneficiários, com mais de 8,73 milhões de famílias recebendo R$ 5,92 bilhões, resultando em um benefício médio de R$ 682,41 por família. O Sudeste conta com 5,26 milhões de lares atendidos e um investimento total de R$ 3,54 bilhões, com um valor médio de R$ 684,50. O Norte, por sua vez, atende 2,43 milhões de famílias, com R$ 1,74 bilhão em repasses, sendo a média de R$ 730,33 por família, a maior entre as regiões. O Sul possui 1,28 milhão de famílias beneficiadas com R$ 862,46 milhões, resultando em um benefício médio de R$ 702,73. Na região Centro-Oeste, 986 mil lares recebem R$ 680,18 milhões, com um investimento médio de R$ 698,08 por família.



