Trabalhadores do transporte coletivo de Campo Grande realizaram uma paralisação inesperada na manhã desta quarta-feira, 22 de outubro. Os motoristas coordenaram a ação para que os ônibus saíssem das garagens apenas às 6h, uma hora e meia depois do horário habitual.
A paralisação afetou diretamente os usuários do transporte público, especialmente aqueles que dependem do ônibus para se deslocar nas primeiras horas da manhã. Muitos passageiros, que habitualmente acordam bem cedo, encontraram os terminais vazios e sem opções de transporte. Essa situação resultou em um aumento acentuado nos preços de corridas em aplicativos de transporte, com tarifas chegando a valores superiores a R$ 77, mais que o dobro do normal.
Relatos de usuários nos canais de interação mostraram a frustração causada pela paralisação. Um professor que deixou uma criança no terminal às 5h compartilhou que encontrou os portões fechados e não conseguiu embarcar. De fato, as fotos dos terminais mostram a falta de ônibus e de passageiros, evidenciando o impacto da ação.
Demétrio Freitas, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande, explicou que a paralisação está relacionada ao atraso no pagamento do adiantamento salarial, que estava previsto para 20 de outubro, mas ainda não foi realizado. O consórcio responsável, Guaicurus, informou que não há previsão para a regularização do pagamento. Freitas advertiu que, se o problema persistir, uma nova paralisação pode ocorrer na próxima segunda-feira.
Tentativas de contato com o Consórcio Guaicurus para esclarecimentos não tiveram sucesso até o momento, pois ninguém atendeu as ligações ou respondeu às mensagens. A situação continua a causar preocupação entre os usuários do transporte na cidade.