Na noite de quinta-feira, 13 de novembro de 2025, o Phoenix Hotel em San Francisco realizou uma festa de despedida, celebrando sua história e a conexão com o bairro Tenderloin. O evento, que atraiu centenas de pessoas, foi repleto de música de rock clássico, performances de poesia, comidas e bebidas disponíveis, além de tatuagens feitas na hora. A chuva não desanimou os presentes, que lotaram o pátio do hotel para prestar homenagem a este icônico espaço.
Isabel Manchester, uma das sócias do hotel, expressou a mistura de emoções que sentiu em relação ao fechamento do estabelecimento. Ela disse que a ideia de encerrar as atividades gerou um desconforto inicial, mas acabou se transformando em uma celebração alegre com a presença de muitos admiradores do local.
O Phoenix Hotel, inaugurado no final da década de 1980 por Chip Conley a partir de uma ideia do promotor de shows Bill Graham, se tornou um ponto de encontro para músicos renomados que passavam pela cidade, oferecendo benefícios como estacionamento gratuito para ônibus de turnê e massagens para os gerentes das bandas. Entre os artistas que se hospedaram lá estão nomes como David Bowie, Pearl Jam e Neil Young.
Entretanto, devido à queda significativa da receita após a pandemia de COVID-19, a direção do hotel decidiu encerrar suas atividades até o final deste ano, marcando o fim de uma era para este marco cultural da área da baía de São Francisco.
Regina Coney, frequentadora regular desde 2009, compartilhou sua tristeza em ver o hotel fechar, recordando muitos momentos especiais que viveu ali. A festa no Phoenix foi um lembrete da energia que fez do local um ícone, mesmo em sua despedida.
O evento, denominado “Tenderloin Block Party: Uma Carta de Amor para o Bairro”, faz parte de uma série de celebrações de despedida, que culminarão em uma festa de Ano Novo. Embora não tenha sido a última festa do hotel, esta foi a única que não exigiu ingressos, permitindo que qualquer pessoa participasse.
A festa também comemorou o encerramento do “Poolside Poetry”, uma série mensal que promovia artes e músicas no hotel, espaço que ficou em evidência pelas apresentações de novos talentos, como destacou uma das organizadoras, Liz Cahill. Para ela, o Phoenix não pode ser substituído, pois sempre atraiu novos visitantes e promoveu reencontros.
A residente de San Francisco, Phadera Gouvis, ressaltou a importância do hotel em unir pessoas em um ambiente acolhedor, afirmando que o Tenderloin frequentemente é mal interpretado, apesar de ter seus próprios encantos. Ela compartilhou lembranças emocionantes, incluindo um show intimista no pátio com artistas famosos.
Alexander Spaulding e Sarah Liu, que chegaram ao local recentemente, lamentaram não ter descoberto o hotel antes, destacando seu encanto especial em um bairro geralmente subestimado. Para muitos presentes, a despedida simbolizou não apenas o fechamento de um hotel, mas a perda de um espaço que se tornou parte da história e da cultura de São Francisco.
Isabel Manchester concluiu a celebração afirmando que a memória do Phoenix Hotel permanecerá viva, tendo deixado uma marca significativa na vida de tantas pessoas ao longo dos anos.



