O atacante Kaio Jorge, do Cruzeiro, fez um gesto em campo insinuando que a arbitragem estava prejudicando sua equipe durante o empate em 1 a 1 contra o Atlético-MG, na Arena MRV, pela Série A do Campeonato Brasileiro. Este gesto ocorreu após o gol de empate do adversário, que foi provocado por um escanteio marcado de forma equivocada pelo árbitro Paulo César Zanovelli. Na jogada, o atacante Dudu foi o último a tocar na bola antes da marcação e não um jogador do Cruzeiro.
O ato de Kaio Jorge foi registrado pelas câmeras de transmissão, e o árbitro, após revisão pelo VAR, decidiu expulsá-lo. Inicialmente, houve uma confusão e o árbitro creditou o protesto ao volante Lucas Romero. Na súmula do jogo, Paulo César Zanovelli esclareceu que a expulsão de Kaio Jorge, ocorrida aos seis minutos do segundo tempo, foi por “colocar o polegar na palma da mão contrária, insinuando que o árbitro estava roubando”.
Esse tipo de manifestação já havia sido visto anteriormente no futebol brasileiro. O volante Felipe Melo fez um gesto semelhante em um jogo entre Fluminense e Grêmio, em novembro de 2024. Na ocasião, ele estava no banco e protestou contra a marcação de um pênalti a favor do Grêmio. Após ser julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Felipe Melo foi suspenso por cinco jogos e multado em R$ 6 mil.
O atacante Hulk, do Atlético-MG, também foi punido por fazer o mesmo gesto durante um empate contra o América-MG, em novembro de 2023. Hulk, além de criticar o árbitro, foi expulso na partida, mas seu julgamento resultou apenas em uma multa de R$ 100 mil, sem suspensão de jogos.
Kaio Jorge pode ser julgado com base no artigo 243-F do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata de ofensas à honra de alguém no âmbito do esporte. Essa infração pode levar a uma multa de até R$ 100 mil e a suspensão de uma a seis partidas.
Além disso, Kaio Jorge também poderá enfrentar uma nova denúncia por ter apertado a mão do zagueiro Ivan Román, que estava com uma fratura. Caso seja punido, a pena pode ser cumprida apenas na próxima temporada, uma vez que o Cruzeiro poderá recorrer e não haveria tempo suficiente para a aplicação da suspensão durante os jogos de 2025.