O bloqueio atual de verbas no futebol brasileiro pode resultar na retenção de cerca de R$ 230 milhões até o final do ano, caso a disputa na Justiça continue. Neste momento, aproximadamente R$ 77 milhões já estão bloqueados e geram discussões judiciais.
Os dirigentes de outros clubes acreditam que essa situação é uma tentativa do Flamengo de obter vantagens em relação à distribuição de recursos oriundos de contratos de transmissão, que representam 30% do total acordado com a emissora Globo. O Flamengo, por outro lado, considera que levar a questão para a Justiça é a melhor forma de esclarecer um debate que se arrasta há cerca de dez meses.
A liga que administra os direitos de transmissão, a Libra, busca reverter essa decisão na Justiça. Em uma declaração oficial, a Libra ressaltou que sempre atuou em busca dos interesses de todos os clubes associados, incluindo atender às reclamações do Flamengo sobre o modelo atual de distribuição. Embora o tema já tenha sido amplamente discutido anteriormente, ele voltou a ser analisado e submetido à votação dos membros, que decidiram manter o formato vigente. A liga reforça que defenderá judicialmente a legitimidade das decisões coletivas e o cumprimento dos contratos.
No meio dessa polêmica, Leila Pereira, presidente de um dos clubes, fez uma declaração polêmica ao usar o termo “terraFlamistas”, fazendo uma alusão a quem nega a forma esférica do planeta. Esse termo sugere que, segundo ela, há pessoas que acreditam que o Flamengo é o centro do universo do futebol brasileiro.
Leila enfatizou que se um clube se vê como maior que o futebol como um todo, deve atuar no seu próprio isolamento. Ela destacou que ninguém é superior a ninguém e que o Flamengo precisa ter clareza de que não pode impor suas ideias sobre o que é melhor para o futebol nacional, considerando apenas seus próprios interesses. A presidente pediu uma atitude mais ponderada do clube.