A taxa de desemprego no Brasil permaneceu em 7,0% nos três meses encerrados em março de 2025, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Este valor se alinha com a mediana das previsões obtidas em pesquisa realizada pela Reuters.
Comparado ao trimestre que terminou em dezembro de 2024, a taxa de desemprego registrou um aumento de 0,8 ponto percentual. Apesar disso, o índice é inferior aos 7,9% verificados no mesmo período do ano anterior, o que torna a atual taxa a menor desde o início da série histórica do IBGE. O recorde anterior era de 7,2%, atingido em março de 2014.
Esse aumento na desocupação é atribuído ao crescimento de 13,1% na população desocupada, que aumentou em 891 mil pessoas no intervalo de três meses. Mesmo assim, este contingente ainda está 10,5% abaixo do registrado no primeiro trimestre de 2024.
Outro fator que contribuiu para o aumento da taxa foi a redução na população ocupada, que diminuiu em 1,3 milhão de pessoas (-1,3%) na comparação trimestral. Contudo, essa população permanece 2,3% superior ao número de trabalhadores identificado na mesma pesquisa do ano passado, representando um acréscimo de 2,3 milhões.
Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, comentou: “O bom desempenho do mercado de trabalho nos últimos trimestres não é comprometido pelo crescimento sazonal da desocupação. Mesmo com essa expansão, a taxa de desemprego do 1º trimestre de 2025 é inferior a todas as taxas registradas nesse mesmo período em anos anteriores.”
Embora tenha sido observada uma diminuição na população ocupada, o total de trabalhadores com carteira assinada se manteve estável em 39,4 milhões. Por outro lado, o número de empregados sem carteira no setor privado caiu 5,3%, o que equivale a 751 mil pessoas a menos em relação ao último trimestre de 2024. Beringuy acrescentou que a retração no emprego ocorreu especialmente nas áreas de Construção, Serviços Domésticos e Educação.
As informações apresentadas foram complementadas por dados da Agência de notícias do IBGE e da Reuters.