O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, informou que o pagamento total das sentenças judiciais, conhecidas como precatórios, deverá alcançar aproximadamente R$ 70 bilhões. Desse montante, R$ 44 bilhões não serão contabilizados na meta fiscal, conforme autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante uma entrevista concedida nesta terça-feira, 29, Ceron destacou que o adiamento dos desembolsos previstos para os primeiros meses de 2025 foi uma estratégia deliberada para evitar pressão inflacionária, colaborando com a política monetária do Banco Central. Ele observou que os pagamentos de precatórios caíram de R$ 31,8 bilhões no primeiro trimestre do ano anterior para apenas R$ 872 milhões no mesmo período deste ano, mas a expectativa é que os valores voltem a ser normalizados em julho.
Além disso, Ceron apontou um crescimento significativo nos gastos do governo com o Benefício de Prestação Continuada (BPC), levantando preocupações sobre a sustentabilidade do programa assistencial. Ele enfatizou a necessidade de discutir possíveis reformulações nessa área.