O Grupo Casas Bahia revelou, neste domingo (29), sua decisão de buscar uma recuperação extrajudicial para reorganizar suas dívidas financeiras, estimadas em R$ 4,1 bilhões.
Sob os termos do plano, a empresa visa estender o prazo para pagamento da dívida para até 72 meses, com uma taxa de juros vinculada ao CDI, mais uma taxa adicional variável entre 1% e 1,5% ao ano.
Além disso, a empresa propôs um período de carência de 24 meses para o pagamento dos juros e de 30 meses para o início do pagamento do montante principal da dívida.
É importante ressaltar que o valor principal da dívida permanecerá inalterado, sendo apenas as condições de pagamento que serão renegociadas com os principais credores.
Os credores terão a opção de converter uma parte dos créditos que possuem com a empresa em ações.
Este plano de reestruturação complementa uma série de iniciativas anunciadas anteriormente no Plano de Transformação da Casas Bahia, divulgado em agosto do ano passado.
Entre essas medidas estava o fechamento de até 100 lojas até o final de 2023, com a demissão de mais de 6 mil funcionários.
O objetivo dessa transformação era reduzir o estoque em até R$ 1 bilhão e otimizar a rentabilidade da empresa.
De acordo com a Casas Bahia, a recuperação extrajudicial não afetará outras dívidas da empresa, que continuarão sendo honradas nos vencimentos estabelecidos.
A expectativa é de que essa reestruturação proporcione uma melhora significativa no fluxo de caixa nos próximos anos, gerando uma segurança adicional contra as volatilidades do mercado.
Renato Franklin, presidente da Casas Bahia, afirmou que a empresa permanecerá comprometida com a melhoria de sua eficiência e rentabilidade, mantendo um foco rigoroso na gestão de capital.