Ministérios apresentam planos para reerguer o Rio Grande do Sul até sexta-feira, diz Haddad O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira (8) que os ministérios têm o prazo até sexta-feira para entregar ao presidente Lula as propostas destinadas à reconstrução do Rio Grande do Sul.
Em uma entrevista no programa “Bom Dia, Ministro”, Haddad afirmou que a orientação do presidente é que, durante esta semana, sejam apresentadas todas as medidas mais relevantes relacionadas à decretação do estado de calamidade, a fim de permitir que os ministérios abram créditos extraordinários para áreas como saúde, educação e demais necessidades para recuperar o estado.
As iniciativas do Ministério da Fazenda Haddad destacou quatro áreas prioritárias em que sua pasta está atuando: a renegociação da dívida do Rio Grande do Sul, cuja proposta foi enviada ontem para a Casa Civil e deve ser anunciada por Lula entre hoje e amanhã; a criação de uma linha de crédito subsidiado; a revisão da tributação das empresas gaúchas, medida já em andamento pela Receita Federal; e a elaboração de um pacto com os bancos para renegociar dívidas. Este último inclui, por exemplo, uma linha de crédito destinada à reconstrução de moradias.
As fortes chuvas que atingem o RS desde a semana passada já causaram a morte de pelo menos 95 pessoas, segundo a Defesa Civil.
Outros quatro óbitos estão sendo investigados, além de 131 desaparecidos e 372 feridos. Mais de 400 municípios gaúchos foram afetados pelas chuvas. Quanto à liberação dessas linhas de crédito, o ministro não deu uma previsão específica.
“Teremos linhas de crédito, apoio federal dos ministérios com a decretação da calamidade, e teremos a renegociação da dívida, além das questões tributárias e dos créditos já concedidos que, eventualmente, não poderão ser pagos devido à inatividade temporária das empresas”, afirmou Haddad.
Relação entre o governo e o Banco Central Haddad também abordou a relação entre o governo e o Banco Central quanto à taxa básica de juros, a Selic.
Enquanto o governo tem defendido uma redução mais acentuada, o BC adota uma postura mais conservadora.
Nesta quarta-feira (8), o Comitê de Política Monetária (Copom) decidirá sobre a nova taxa de juros, e as expectativas do mercado apontam para um corte menor, de 0,25 ponto, em comparação aos cortes anteriores de 0,5 ponto.