O Flamengo está tentando manter o bloqueio de recursos financeiros relacionados à Libra, em um movimento que reflete a preocupação do clube em não receber devoluções, caso um acordo seja feito. A situação gera um clima de tensão entre os clubes que fazem parte dessa associação.
Durante uma apresentação sobre a Libra, Luiz Eduardo Baptista, presidente do Flamengo, comentou que Leila Pereira, presidente do Palmeiras, tem uma “agenda clara”. Essa frase foi um recado sobre a relação dela com a instituição de crédito Crefisa, que emprestou R$ 80 milhões ao Vasco, um clube rival. Bap insinuou que a postura da dirigente poderia prejudicar a concorrência no futebol brasileiro.
Em resposta, Leila Pereira defendeu que o trabalho dela é voltado para os interesses do Palmeiras, sem a intenção de prejudicar outros clubes. Ela afirmou que se dedica ao crescimento do futebol no Brasil e que cumpre todos os contratos firmados pelo clube, incluindo os de gestões anteriores. A presidente do Palmeiras ainda ressaltou que preocupa-se em manter um ambiente saudável de competição, sem tentar “asfixiar” os adversários.
Leila também aproveitou a oportunidade para relembrar uma antiga declaração de Bap de 2014, quando ele mencionou que a Netflix não fazia diferença para sua empresa, a Sky. Em resposta a rumores sobre uma suposta compra do Vasco, a dirigente esclareceu que não está interessada em adquirir o clube ou qualquer serviço de streaming.
O embate entre as diretorias segue com acusações e desconfianças, enquanto o Flamengo destaca a existência de problemas na estrutura da Libra, alegando que sua assembleia está adulterada e questionando a legitimidade dos repasses financeiros. A relação entre o Flamengo e a Libra parece desgastada, o que pode dificultar um possível acordo antes de uma decisão judicial sobre a disputa.