Na manhã desta terça-feira (14), o Ibovespa Futuro apresenta baixa nas primeiras negociações, refletindo um ambiente de aversão ao risco no mercado internacional. Às 9h07 (horário de Brasília), o contrato com vencimento em outubro registrava uma queda de 0,79%, situando-se em 140.505 pontos. Os investidores estão atentos aos pronunciamentos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em meio a crescentes tensões entre Estados Unidos e China.
O ministro Haddad participará, a partir das 10h, de uma audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para discutir a proposta de isenção do Imposto de Renda para aqueles que recebem até R$ 5 mil.
Em paralelo, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, viajará aos Estados Unidos ainda esta semana para se encontrar com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, visando avançar nas discussões sobre as tarifas comerciais que afetam o Brasil.
Durante seu discurso, Powell abordará o cenário econômico e a política monetária dos Estados Unidos às 13h20, com os investidores buscando informações que possam influenciar as decisões sobre a taxa de juros.
No exterior, as bolsas de valores estão em queda, enquanto ativos considerados seguros, como títulos e ouro, apresentam valorização. Essas movimentações refletem a crescente apreensão dos investidores em face das tensões comerciais entre EUA e China, que começaram a cobrar taxas portuárias adicionais sobre empresas de transporte marítimo, intensificando as disputas comerciais.
Em Wall Street, os índices futuros operam em baixa: o Dow Jones Futuro cai 0,63%, o S&P Futuro recua 0,84% e o Nasdaq Futuro apresenta queda de 1,09%.
Ibovespa, dólar e mercado externo
O dólar à vista apresenta alta de 0,59%, sendo cotado a R$ 5,494 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro com vencimento próximo sobe 0,71%, alcançando R$ 5,524.
Os mercados asiáticos também fecharam em baixa, em sintonia com as tensões entre EUA e China. Em Xangai, as ações da empresa Wingtech caíram 10% pelo segundo dia consecutivo, após o governo holandês assumir o controle de sua subsidiária Nexperia.
O preço do petróleo também opera em baixa, afetado pela incerteza nas relações comerciais entre China e EUA. Os investidores aguardam dados da Agência Internacional de Energia, que podem reforçar as expectativas de um superavit no setor. Além disso, as cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa, pressionadas por uma realização de lucros e expectativas de aumento da oferta no último trimestre de 2025, enquanto a demanda por aço na China diminui sazonalmente.
(Com informações da Reuters e Bloomberg)