As instituições financeiras no Brasil estão se preparando para implementar novas medidas de segurança em relação à abertura de contas bancárias. Com a adesão a essas novas regras, os bancos estarão obrigados a confirmar a identidade dos clientes de forma mais rigorosa antes de permitir a criação de novas contas. O principal objetivo dessa ação é dificultar a ação de golpistas, especialmente aqueles que utilizam identidades falsas e documentos fraudulentos.
Essa iniciativa surge em um contexto de aumento das fraudes financeiras, como a abertura de contas consideradas “laranja”. Essas contas são criadas em nome de terceiros sem o consentimento deles e são frequentemente usadas para movimentações ilícitas de dinheiro, tornando o rastreamento desses crimes muito complicado. Entre os golpes mais comuns está o envolvimento com o sistema de pagamentos Pix, onde documentos roubados ou falsificados são usados para abrir contas que recebem valores desviados.
Recentemente, o Banco Central também avaliou a situação após a liquidação do Banco Master, o que levantou preocupações sobre a segurança do sistema financeiro brasileiro. A necessidade de restaurar a confiança nesse sistema, especialmente após escândalos financeiros, foi um fator que impulsionou a implementação dessa nova medida de controle. Com isso, o Banco Central visa dar mais poder de controle ao cidadão sobre suas contas e transações.
Além disso, um levantamento realizado pelo Instituto Datafolha revelou que um em cada três brasileiros já foi vítima de algum golpe. Isso representa cerca de 56 milhões de pessoas que enfrentaram esse tipo de crime nos últimos 12 meses, de acordo com dados apresentados em um evento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Esses números evidenciam a urgência de medidas eficazes para proteger os cidadãos contra fraudes financeiras.
